SEXUALIDADE

DIVERSOS TEMAS RELACIONADOS A SEXUALIDADE E A  ADOLESCÊNCIA: 

A adolescência é um período de mudanças orgânicas e psicológicas. É um momento de descobertas, dentro e fora de si próprio. Descoberta do "quem sou eu?", a identidade em relação a si mesmo e ao outro. Descoberta da sexualidade.

O termo adolescência se origina do latim: adolescere - que é tornar-se ou vir a ser. Assim, é um período de transformações, que acontece sempre com conflitos, sejam medos, inseguranças, confusões, angústias.

O adolescente vive em busca de conhecimentos, em relação à sexualidade: "O que é sexo?", "Como, quando e com quem iniciar a vida sexual?", "A masturbação é prejudicial?", "Amor é importante em um relacionamento afetivo?", "Meus pais me apoiarão se eu contar o que se passa na minha cabeça e no meu coração?". Estes são alguns questionamentos que o adolescente faz, entre outros tão importantes, que com certeza geraria uma lista imensa.

            O contato com as emoções vividas durante o período da adolescência permite ou facilita a formação de vínculos sociais e de afeto fundamentais, como pré-requisitos para uma vida sexual sadia (Costa, 1986).

            O pré-adolescente não consegue se manter alheio às suas indagações. Quer entender o que ocorre no seu organismo, as mudanças no seu corpo, o significado e a importância emocional dos primeiros namoros e outras descobertas relacionadas ao sexo. O adolescente já não admite, como há vinte ou trinta anos atrás, a manutenção de um estado de silêncio que mais esconde desconhecimento e ignorância. Deseja participar e ser aceito em todo processo da vida familiar e isso contribui muito para o seu crescimento e amadurecimento pessoal. Neste processo surgem dúvidas e acreditamos que estas devem ser respondidas para libertá-los da angústia, orientando-os de forma positiva e responsável.

            Segundo Souza (1991) educar sexualmente é possibilitar o desenvolvimento normal da criança para que possa assumir-se como homem ou mulher, aceitando sua própria sexualidade e convivendo bem com ela. É um crescimento exterior e interior onde há respeito pela sexualidade do outro, responsabilidade pelos seus atos, direito de sentir prazer, se emocionar, chorar, curtir sadiamente a vida. É ter direito a esse crescimento com confiança, graças às respostas obtidas aos seus questionamentos, podendo criticar, transformar valores, participar de tudo de forma positiva, sempre buscando melhores relacionamentos humanos.
http://www.dbi.uem.br/SEXUALIDADE.htm
Bibliografia:
Costa, M. Sexualidade na Adolescência. 5.ed. São Paulo: L&PM Editores, 1986.
Garret, T.T., A.J. Opiniões e atitudes dos jovens em relação à prática sexual e uso de métodos contraceptivos. Toledo – Paraná – 1993, 69 p./ Monografia (especialista) – Universidade Estadual de Maringá: Departamento de Enfermagem.
Sousa, H.P. Convivendo com seu sexo: pais e professores. 2.ed. São Paulo: Paulinas, 1991.








Os jovens nunca foram tão bem informados
e precoces em relação ao sexo. 
Nem por isso
estão menos confusos sobre o assunto

Os adolescentes de hoje são a geração mais bem informada sobre sexo de todos os tempos.  Eles têm aulas de educação sexual na escola, lêem a respeito nas revistas, vêem os reality shows da televisão e, se restar algum vestígio de dúvida, há sites na internet que respondem a qualquer questão sobre o mente os impeçam de passar da teoria à prática no momento escolhido por eles próprios. Nada disso, vale dizer, impede que estejam confusos e divididos sobre temas como virgindade, fidelidade, namoro e casamento. O conhecimento também não é suficiente para evitar descuidos, como sexo sem camisinha. Por ano, nasce 1 milhão de bebês de mães solteiras adolescentes no Brasil. "O início da vida sexual é um processo extremamente complexo para qualquer pessoa, de qualquer geração", diz Paulo Bloise, psiquiatra da Universidade Federal de São Paulo, especialista em adolescência.
A persistência das angústias em relação à vida amorosa, apesar do conhecimento e das liberdades atuais, tem uma explicação óbvia. "Sexo não é só uma questão de informação, mas também de maturidade", pondera o psicólogo Mauricio Torselli, do Instituto Kaplan, centro de estudos da sexualidade em São Paulo. Esta é a primeira geração que não conta com a orientação de um guia socialmente rígido para a sexualidade.

http://veja.abril.com.br/especiais/jovens_2003/p_018.html


Os pais devem ter "aquela" conversa com os filhos?

Já foi costume o pai chamar o filho, logo que este entrava na puberdade, para uma conversa "de homem para homem". Ele então explicava o que é a relação sexual entre um casal, com o objetivo de preparar o filho para essa experiência. Hoje em dia, os adolescentes aprendem tudo o que é possível sobre sexo na escola, com os amigos, com as namoradas, nas revistas, nos programas de TV e na internet. Os pais ficam angustiados e se perguntam se essa conversa ainda faz sentido. A resposta é: sim e não. Os filhos não precisam de informação, mas de formação. Ou seja: cabe aos pais dizer a eles o que acham certo e o que consideram errado e incentivá-los a formar a própria opinião sobre o assunto.

"É necessário falar sobre sexo com os filhos, mas não transformar esse assunto numa solenidade", diz a psicóloga paulista Rosely Sayão, especialista em adolescentes. "Os pais também não precisam entrar em detalhes com os filhos. Além de constranger os dois lados, isso não acrescenta nada de útil ao rapaz ou à garota." Em lugar da conversa formal, funciona melhor tocar no assunto em situações do cotidiano, da forma mais natural possível. Se pai e filho estiverem assistindo a um programa na TV e aparecerem cenas de sexo, o pai pode dizer o que pensa sobre isso e comentar como era na época de sua juventude.

Gustavo Lacerda

http://veja.abril.com.br/especiais/jovens_2003/p_018.html



A ciência explica o aborrecente

A moçada briga, chuta a porta,
bate boca com os pais e grita sem motivo?
Tudo bem. A culpa é do cérebro deles,
que ainda está em fase de formação



Sempre se pensou que a culpa era do vulcão de hormônios colocado em ebulição pelo processo de crescimento. Ou da angústia existencial própria de uma época de transição. Há agora uma nova explicação: o que se passa na cabeça dos adolescentes é, por assim dizer, conseqüência do que se passa na cabeça deles. A garotada nem se ajustou direito às mudanças causadas em seu corpo pela puberdade e o cérebro também começa a mudar. Até pouco tempo atrás, acreditava-se que ao chegar à adolescência o cérebro já estivesse completamente formado. Pesquisas recentes revelam que, ao contrário, nessa fase se inicia um processo de rearranjo dos neurônios tão intenso como aquele que aconteceu nos primeiros anos da infância. As áreas onde ocorrem as maiores transformações são justamente aquelas ligadas às emoções, ao discernimento e ao autocontrole. Essa é uma boa explicação científica para o comportamento tão impulsivo e temperamental dos teens. "Algumas áreas da estrutura cerebral só vão estar inteiramente maduras depois dos 20 anos", diz o psiquiatra Fábio Barbirato, da Santa Casa do Rio de Janeiro.
                              



Durante a adolescência, dois fenômenos acontecem no cérebro. Assim como nos bebês de 1 ano e meio, pipocam novas conexões entre os neurônios (as sinapses). Algumas áreas passam por grandes mudanças estruturais. A mais significativa acontece nos lobos frontais, área responsável pelo autocontrole e pelo senso de organização e de planejamento. Lá ocorre uma espécie de faxina nas sinapses feitas entre os neurônios durante toda a infância. No decorrer do processo, a região dá uma encolhida, num fenômeno conhecido entre os especialistas como "poda". "É como se o cérebro sentisse, por volta da puberdade, que as velhas conexões são inúteis e que há necessidade de abrir espaço para outras, muito mais importantes, a ser feitas na idade adulta", explica o psiquiatra Jorge Alberto da Costa e Silva, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Outras partes do cérebro estão a mil. Uma delas é o sistema límbico, centro de processamento das emoções, como a raiva, que trabalha de forma exuberante. No adulto, essa área funciona de forma mais comedida.




                   

 A imaturidade de certas áreas talvez explique por que as regiões do cérebro usadas pelos adolescentes são diferentes das utilizadas pelos adultos para as mesmas tarefas. Não se conhece muito bem o mecanismo, mas estudos mostram que os jovens podem interpretar certas coisas diversamente dos adultos – uma expressão facial de medo pode ser confundida com escárnio, por exemplo. Na adolescência, o cérebro desenvolve a capacidade de planejar, organizar, controlar as emoções, entender os outros, fazer julgamentos e até decifrar a lógica matemática. A parte boa é que a cabeça está completamente aberta a novos conhecimentos. Quem tirar proveito disso terá um cérebro mais esperto quando for adulto.
 

http://veja.abril.com.br/especiais/jovens_2003/p_076.html


 


“Ficar” é quase unanimidade entre os jovens. 
“Ficar” é uma expressão utilizada, mais ou menos a partir da década de oitenta, para nomear um tipo de relação na qual há troca de carinhos/carícias, mas que, diferentemente do namoro, não tem o compromisso com o outro como um fator fundamental.

O “ficar” não tem como pré-requisito conhecer anteriormente a pessoa; e também não possui um tempo de duração definido. Pessoas podem ficar em um intervalo de um único beijo, uma noite inteira, no período das férias, ou mesmo meses; sem, necessariamente, ter a obrigação de ligar, procurar, ou mesmo de ficar apenas com essa mesma pessoa. Há indivíduos que “ficam ficando” por meses, podendo ou não assumir, oficialmente, um namoro.


No “ficar” pode-se ficar escondido, ou passear de mãos dadas com o parceiro da vez; pode-se ficar um dia com a pessoa e no outro, estar com ela sem, necessariamente, ficar de novo. Pode-se estar apaixonado pelo “ficante”, ou unicamente sentir atração física por ele...


Assim, “ficar” pode para uma mesma pessoa significar um ato de libertinagem, em alguns casos; e, em outros, a um processo de pré-namoro, onde um conhece mais sobre o outro.


Devido a esta ausência de regras bem definidas, sentimentos de confusão, ansiedade, ou mesmo angústia, podem surgir, já que, por exemplo, existe a possibilidade real de se apaixonar pelo “ficante” sem que este compartilhe o mesmo sentimento. Ou vê-lo com outra pessoa sem ter o direito de cobrar exclusividade. Ou de esperar uma atenção a mais sem, também, poder esperar que isso, de fato, aconteça. Aliás, a cobrança é um fator que pode fazer com que o outro deseje parar de ficar com aquela pessoa...


Alguns psicólogos acreditam que este tipo de relação representa, para os jovens, o exercício da descoberta do outro, de seu corpo, sua personalidade e também autoestima; mas que, no entanto, pode ser um tipo de fuga quando a pessoa, mesmo com o passar dos anos, continua resumindo suas relações apenas a “ficadas”.
 

 Por Mariana Araguaia   -  Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola   -   http://www.brasilescola.com/sexualidade/ficar.htm




 

  SEXUALIDADE

A sexualidade humana é um tema que gera polêmicas e muitas controvérsias, uma vez que envolve questões afetivas, papéis esperados e desempenhados em uma sociedade, e também comportamentos. De forma geral, ela envolve quatro aspectos.

O primeiro é o gênero, que corresponde ao sexo da pessoa. Assim, temos o sexo feminino e o masculino.

O segundo aspecto da sexualidade humana é a orientação sexual. Ela diz respeito à atração que se sente por outros indivíduos. Ela geralmente também envolve questões sentimentais, e não somente sexuais. Assim, se a pessoa gosta de indivíduos do sexo oposto, falamos que ela é heterossexual (ou heteroafetiva). Se a atração é por aqueles do mesmo sexo, sua orientação é homossexual (ou homoafetiva). Há também aqueles que se interessam por ambos: os bissexuais (ou biafetivos). Pessoas do gênero masculino com orientação homossexual geralmente são chamados de gays; e as do gênero feminino, lésbicas.

É mais adequado dizer homoafetividade do que homossexualidade; assim como heteroafetividade, em substituição ao termo heterossexualidade, e assim por diante. Isso porque o sufixo “-sexual” tende a compreender que essas relações se reduzem unicamente a tal aspecto (o sexual), o que não pode ser utilizado como regra.

Quanto ao termo “homossexualismo”, cada vez mais em desuso, ele é incorreto, uma vez que o sufixo “ismo” sugere que essa orientação sexual é uma doença, o que não pode ser considerado verdade sem que existam provas concretas disso.

Quanto ao terceiro aspecto, o papel sexual, ele está relacionado ao comportamento de gênero que a pessoa desempenha na sociedade. Assim, envolve muitos clichês, como por exemplo:
 

1- Uma mulher “feminina”: ou seja, que se comporta de forma condizente com o que a sociedade geralmente espera dela, nesse sentido – se maquia, é delicada, enfim...;

2- Uma mulher que não é vaidosa e gosta de esportes violentos, é “masculinizada”;

3- Um homem delicado, sensível, “afeminado”;

4- Um homem rude, viril, é “masculino”, “másculo”;
 

O papel sexual não necessariamente se apresenta relacionado à orientação sexual, tal como a priori possa parecer. Assim, nesses quatro exemplos, todos eles podem ser heterossexuais. Ou, por exemplo, o “homem másculo” pode ter atração por outros homens (orientação homo, bi), embora seu papel sexual mostre o contrário.

Finalmente, temos o quarto aspecto: a identidade sexual, que seria a forma como o indivíduo se percebe em relação ao gênero que possui.

Quando a pessoa de determinado gênero se sente mais como se fosse de outro, independentemente de sua orientação sexual (às vezes até mesmo de seu papel sexual), falamos que ela é transexual. Pontualmente falando, transexual seria aquele cuja identidade sexual não é a mesma que seu sexo biológico; sendo normalmente aquele que recorre a cirurgias de mudança de sexo. Logo, transexuais costumam sentir atração por pessoas do mesmo gênero que o seu (ex.: pessoa de gênero masculino, identidade sexual feminina, e que se sente atraída por indivíduos de gênero masculino), mas vale frisar novamente que, quando o assunto é sexualidade humana, não existem regras muito categóricas.

Transexuais e travestis não são a mesma coisa! Estes últimos são aqueles cuja identidade sexual é mista, se sentem tanto homens quanto mulheres. Assim, costumam vestir-se e se comportar como se fossem do gênero oposto (papel sexual), “equilibrando sua 'dupla identidade'”.
 

Observação:

Em 05/05/2011, em nosso país, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união estável entre casais do mesmo sexo como entidade familiar; permitindo com que tenham os mesmos direitos que envolvem uma união estável entre indivíduos do sexo oposto.

Curiosidade:

No Brasil, a sigla referente à diversidade sexual é a LGBT, sigla para lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros. Este último termo engloba os travestis e transexuais.

Agora você já sabe o que cada uma dessas expressões significa, não é mesmo?

 
Por Mariana Araguaia  - Bióloga, especialista em Educação Ambiental
Equipe Brasil Escola
    - http://www.brasilescola.com/sexualidade/




Intolerância e respeito às diferenças sexuais



Por Nos últimos anos têm surgido diversos movimentos contra a discriminação, pela livre orientação e expressão afetivo-sexual e identidade de gênero, ou seja, contra a homofobia. O termo se configura como a discriminação, aversão, ódio e diferentes formas de violências cometidas contra a população LGBTT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). A palavra essencial é respeito. É necessário respeitar a opção e a diversidade humana.



Homofobia é um problema social, portanto deve-se estimular a educação cívica em prol do fim, não somente da violência contra homossexuais, e sim de qualquer preconceito. Uma sociedade não pode-se julgar justa e democrática se expõe seus cidadãos a violência fundamentada em ignorância, intolerância e preconceito. Tentar impor a heterossexualidade como superior ou única é violar os direitos humanos.


http://espacodois.blogspot.com/2009/11/intolerancia-e-respeito-as-diferencas.html







































































































































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