O mundo progride a todo
instante. A cada dia novas descobertas, novas técnicas. Os conceitos
mudam, as estruturas se refazem os valores são modificados, mas uma
coisa permanece: a importância da família.
Se o homem se transforma, se atualiza, revê seus conceitos, é interessante questionar porque a família que existe há séculos, continua sendo necessária e produzindo ótimos resultados.
A família é a esperança derradeira do homem moderno. Ela é condutora de atitudes afetivas e de sentimentos capazes de fazer um empresário sentir
ternura, ela é capaz de provocar lágrimas num assassino, ela é sempre mensageira de amor, mas de um amor desinteressado, livre e espontâneo.
A família hoje representa o galardão maior de um cidadão. Pela família se conhece o homem.
As grandes empresas do mundo já integram a família dos funcionários em seus projetos, e mede-se a postura e a integridade de homens de negócios
pelo relacionamento familiar que eles desfrutam. Um bom pai, um esposo cordial são evidências de boa índole e a administração da família em termos
harmônicos é um índice de qualidade nos dias de hoje.
Só quem não tem uma família é capaz de avaliar a imensa solidão, que nem trabalho e nem realização pessoal pode amenizar.
A família, com toda a problemática que ela ocasiona é ainda onde o homem encontra o lenitivo e a força contra as intempéries diárias. O aconchego dos familiares é uma benção, a solidariedade entre irmãos é uma graça, o convívio com noras , genros, primos, tios é um festival permanente de descobertas, de surpresas de generosidade e de conforto.
A família mantém um vínculo que agrega nas horas difíceis e empolga nas horas de festa e de alegria. Os pais quando presentes encarnam o tronco salutar de amor que repassam aos filhos através de exemplos , de vivências , de sacrifícios, de coisas boas, de carinho. As palavras muitas vezes são desnecessárias ante as atitudes e os olhares de cumplicidade e entendimento.
Quando ausentes, a família se recompõe nos que ficaram e se une mais.
O que importa realmente é que a família tem uma missão, missão de continuar de ir em frente, de passar adiante o que aprendeu, de transmitir o
amor de geração a geração.
Essa corrente se faz tão forte e a família se torna indestrutível mesmo enfrentando a modernidade, encarando de frente as drogas que tentam dizimá-
la, lutando contra os pregadores de uma liberdade falsa com inversão de valores.
A Família resiste e está aí mostrando sua força, impondo o amor como condição de vida, a amizade fraterna como motivação entre irmãos e a
alegria de poderem estar juntos e felizes!
alegria de poderem estar juntos e felizes!
Maria de Lourdes Cardoso Mallmann
Pedagoga, Professora de Filosofia, autora de livros e membro da Academia Itapemense de Letras (Itapema/SC)
Pedagoga, Professora de Filosofia, autora de livros e membro da Academia Itapemense de Letras (Itapema/SC)
Em tese, a família e a escola têm papéis sociais bastante
específicos; porém, não opostos. Podem mesmo, em muitas circunstâncias, ser
complementares: se à família cabe cuidar, a escola responsabiliza-se pelo
ensinar.
O importante é ter claro que o professor é um profissional
do conhecimento sistematizado, e não a extensão do grupo familiar, razão pela
qual não é o “tio”, assim como o grupo familiar educa para o afeto e para a
formação pessoal, e não aquele sujeito a quem a escola responsabiliza pelos
fracassos da escolarização. A família e a escola, caminhando de mãos dadas,
geram sucesso escolar . Essa idéia deve ser compartilhada por família e escola.
Se, a família é fonte fundamental para o desenvolvimento do
ser humano e da sociedade, também a escola é decisiva à formação humana de
futuros cidadãos e profissionais, razão pela quais ambas devem oferecer o que
têm de próprio em benefício desse desenvolvimento e dessa formação, até porque
o espírito de reciprocidade é muito
importante para todos os seres humanos; portanto, “minha vida só tem sentido se
a compartilharmos com outras vidas”.
Esse parece ser o lema de todo trabalho possível entre pais
e mestres, família e instituição de ensino, por meio de parcerias produtivas
para todos e em meio a propostas mesmas de constituição de modelos sociais
humanizantes e de estilos existenciais humanizadores. Nesse contexto, quando a escola e a família se descobrirem
como parceiras de construção e transformação o ensino terá uma nova cara.
Sabendo que família não é escola e que escola não é família,
considerando-se as tarefas do cuidar e do ensinar, um desafio sério é lembrado
como uma das atribuições da instituição escolar: A escola deve possibilitar aos membros da
família a vivência de reflexões que lhes dêem condições de reconstruir a
auto-estima para que não se sintam rejeitados e, sim, acolhidos pela
instituição escolar .
Socialmente referenciada, como “ilha escola ensinante” pode, e até deve,
associar-se à “ilha família cuidadora” para que, juntas, desenvolvam suas
pequenas missões, sempre articuladas com as grandes questões sociais. Por aí,
talvez, seguem as iniciativas que podem melhorar as estruturas sociais para que
dêem condições de possibilidade ao saudável desenvolvimento das pessoas e à
equilibrada realização humana.
Por Wilson Correia -
Colunista Brasil Escola
Site: http://www.brasilescola.com/educacao/cuidar-ensinar-pensando-as-relacoes-familiaescola.htm